Eu cativo, tu cativas, ele cativa, nós cativamos… e Saint Exupéry disse que “devemos, e somos,eternamente responsáveis por isso”. Mas, de fato, é possível ser eternamente responsável por aquele(a) a quem cativamos? É possível cuidar assim quando as relações envolvem circunstâncias tão peculiares? Isso não seria mais uma dessas coisas que acabamos por assimilar, por força da palavra e beleza da poesia, mas que na prática vai se tornando difícil sustentar? E se não for possível honrar esse compromisso, estaremos sendo irresponsáveis com o nosso objeto-pessoa cativado?
Oh Deus, nos tire dessa angústia!!!
Ser cativado por alguém também não é fácil. O autor do clássico Pequeno Príncipe mesmo disse que “A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.” Se choramos é porque cativar ou ser cativado(a) também causa sofrimento.







Então, poderíamos flexibilizar a imperatividade dessa sentença, a fim de aquietar o coração e encontrar outros sentidos para cativar, eternizar e responsabilizar-se? Afinal, se tudo é eterna mudança, como podemos ser “eternamente responsáveis” por aquilo ou aquele(a) a quem cativamos? Tornar-se “responsável por…”, não pode ser ficar “refém de…” Não seria apenas ser cuidadoso(a),